sexta-feira, 16 de agosto de 2013

Voltei

A abrir o blogger e a aperceber-me de que não dou sinais de vida há demasiado tempo.

Estou viva. 
Não há motivo para preocupação (para o caso de quererem saber de mim para alguma coisa).

Cá continuo por terras escandinavas, onde o Verão durou umas 4 semanas, se tanto (foda-se lá esta merda). 
Não vejo Portugal desde Dezembro, o que não me traz especial felicidade, como devem imaginar. Mas a ver se em Outubro ponho lá os pés para matar as saudades.

Ando ocupada como o c*r*lho. Mas para a semana submeto um artigo e arrumo com uma grande etapa do meu doutoramento, o que vai saber bem concerteza. 

Em Setembro vou despejar as frustrações para uma ilha grega e raismaparta se não venho de lá com um tom que se assemelhe menos a giz do que a que tenho agora. 

O moço tem tratado bem de mim. Estou feliz.

Sem mais de momento,
M.




quarta-feira, 10 de julho de 2013

Falta aqui um post sobre Nova Iorque

Eu sei que falta.

Não passa deste mês, está bem?

A minha vida anda desorganizada e dolorosa nestas últimas semanas. O tempo está esquisito outra vez, ando passar demasiado tempo sozinha no trabalho (isto foi tudo de férias, menos eu) e a minha lista de afazeres cresce a cada dia que passa. Inspiração não tem sido a palavra de ordem por estas paragens. Mas a ver se a coisa melhora...

M.




quinta-feira, 4 de julho de 2013

Deixem vir a mim esse Verão!!

Gosto mesmo deste país quando está Sol.
Eu acho que já referi isto aqui no blogue, mas a diferença no comportamento das pessoas e no meu estado de espírito são tão, mas tão evidentes, que é impossível olhar para mim sem se ver um sorriso de orelha a orelha :D

Deixem vir a mim esse Verão!!!
Apesar de isto raramente passar dos 25 graus, é a melhor altura para se andar por cá. Vai-se trabalhar, passear e namorar com este solinho bom até Setembro (S.Pedro, vamos lá ver se continuamos com esta relação saudável, ok?).

Tenham um rico dia! :)
M




domingo, 23 de junho de 2013

Boston

Embora não seja das primeiras cidades que me ocorreriam caso me perguntassem o que gostaria de visitar nos Estado Unidos, Boston foi uma agradável surpresa.

Primeiro, pelas temperaturas que se fizeram sentir durante a semana em que lá estive. Armei-me em turista assim que tirei o pezinho do hotel. Sandalinha no pé e t-shirt (God, o quanto esperei por este momento...). Apesar de depois ter estado a chover durante alguns dias da semana, para quem está enfiada num cubo de gelo gigantesco durante o ano todo, já é muito bom.

Depois, pelo ambiente descontraído da cidade, até durante a semana. Pelos estudantes e por Harvard, que é uma lufada de prestígio. Pela linha de metro, que para quem vem de grandes cidades (não é o meu caso) serve de anedota (é a mais antiga dos EUA, e assemelha-se a uma linha de eléctricos, mas subterrânea), mas que é extremamente conveniente e à qual eu achei imensa piada.

Pela quantidade de pubs irlandeses espalhados pela cidade (Boston tem um grande número de imigrantes irlandeses). Para quem gosta de cerveja, como eu, é um bom sítio para se estar :)

As marcas do recente atentado ocorrido durante a maratona ainda estão presentes na cidade. Atletas e habitantes prestam homenagem às vítimas todos os dias, e existe um memorial no centro, que impõe respeito e comove.

Passeei imenso, comi imenso (isto ainda me vai dar muuuuuito que fazer quando chegar à Suécia), e acima de tudo, diverti-me.
Estive ocupada com a conferência, e andei com os meus colegas de trabalho todos os dias (nem tudo podia ser bom), mas no final das contas, foi uma semana muito bem passada.

Deixo-vos algumas fotos da minha semana. 






                                      




M.





sábado, 22 de junho de 2013

Mil perdões e umas desculpazinhas que vos devo.

Pois, isto de manter um blogue no activo exige tempo e dedicação. Que eu tentei ao máximo manter, mas que nas últimas semanas me andaram a faltar...

Por isso mesmo, aqui apresento mil perdões aos leitores deste blogue. Isso, e uma lista de desculpazinhas (é favor ler os pontos que se seguem).

- E não é que deixei de estar na bancada dos solteiros? Pois, isto não é desculpa nenhuma de jeito, mas meu filhos, isto andou-me a tirar o sono e o descanso durante umas boas semanas. Mas tudo está bem quando acaba bem. Sobre isto, só vou dizer que é algo completamente novo para mim e que me está a fazer muito feliz.

- Andei a correr antes de vir para os Estados Unidos com trabalho que tinha que ficar feito, mais uma apresentação para preparar antes da conferência em Boston. Correu bem, e deixei a chefe e os colegas orgulhosos. E a mim também.

- Uma semana passada em Boston na conferência. Um espectáculo meus queridos, um espectáculo! Vim de lá com vontade de mudar o mundo e de descobrir uma cena daquelas fortíssimas, uma cura para qualquer coisa ou um método inovador ou qualquer coisa que o valha. Motivação não me falta.

- Conhecer Boston foi muito bom. Mas sobre isso escreverei depois.

- Conferência aviada, malas-para-que-te-quero em direcção a Nova Iorque. Sobre esta viagem, também vos conto depois. Estou muito feliz por tê-la feito e certamente que não me vou esquecer tão cedo.

- Artigo para publicar ainda este Verão. Claro que não há bela sem senão. Isto de tirar férias antes do Verão é bonito, mas depois vou andar a pagar o preço por estas duas semanas de laréu.

E é isto.
Espero que não me mandem ir escrever posts para mim mesma depois desta ausência.

Bom fim-de-semana! :)
M.


sexta-feira, 24 de maio de 2013

As minhas paixões

Pois que nesta descrição que aparece aqui em cima a cinza-rato, a tipa se descreve como uma apaixonada por não sei quantas coisas, e que uma delas a faz viver no estrangeiro.

Depois de responder individualmente a algumas pessoas que que me perguntaram qual das paixões é que me fazia viver no estrangeiro, aqui venho eu esclarecer as possíveis dúvidas.

A ciência.
É por causa da dita que a tipa se armou de malas e bagagens e veio morar aqui para o fresquinho, que é bom e faz bem à pele.

E acreditem que é uma verdadeira paixão. Amo de coração aquilo que faço. Sou nerd, gosto de "inteligentices", gosto de passar o dia a trabalhar no sentido de provar teorias em que pouca gente acredita, mas em que eu acredito e muito. Dá-me pica. Fascina-me a possibilidade que a ciência nos dá de experimentar coisas, testar até ao limite, errar para voltar a tentar, acertar e contar uma história acerca da descoberta. Fico fula com aquele tipo de pessoas que diz que trabalhar em investigação científica é o mesmo que passar a vida a brincar. Não é. Mas quando se gosta, também pode ser divertido. Mas acima de tudo, e mesmo acima de tudo, é útil.

Sim, tenho orgulho naquilo que escolhi para a minha vida. Não, não sei se o vou fazer até ao final dos meus dias. Ninguém o pode prever, e eu não sou diferente.

Quanto ao facto de o fazer no estrangeiro, tratou-se apenas de uma fuga estratégica. Na altura em que comecei a pensar em futuro, as coisas já se previam azedar no que toca a investigação no meu adorado país. Não me vim embora só porque queria muito trabalhar no estrangeiro. Vim-me embora porque tive mesmo que vir, e é se queria dar dar sentido ao dinheiro que os meus pais a tanto custo investiram em mim. Obviamente que queria experimentar coisas novas, outras culturas e métodos de trabalho. Também é importante. Mas acima de tudo estava a minha vontade de fazer aquilo que queria fazer com menos limitações do que aquelas que previa ter caso ficasse em Portugal.

Licenciatura e Mestrado em universidades públicas portuguesas. Um programa Erasmus no segundo ano de Faculdade e um estágio científico no último ano de mestrado, também no estrangeiro. Mais 5 anos de neurónios a serem puxadinhos até ao limite e muita dor de cabeça, e ainda a oportunidade de interagir com excelentes cientistas portugueses que não foram só meus professores, foram verdadeiros mentores, amigos e fontes de inspiração. Estes factores abriram-me as portas para o destino final: Suécia.

Nem tudo foi bonitinho e certinho, não. Sempre tive uma tendência para causar uma impressão de quem se está nas tintas para o sistema. Não porque estivesse, mas porque o sistema está habituado a estereótipos. Ao longo dos anos, sempre fui menina para estabelecer regras em relação a tudo e mais alguma coisa. Regras que impus a mim mesma, e que fui seguindo, mas que nem sempre estavam à vista de todos.

Durante a faculdade tive um grupo de amigos que era conhecido por todos como o grupo da boémia (pfff, que saudades do tempo em que assim era...). Diverti-me à grande, pá. Esta imagem de não-quero-saber-eu-é-que-sei trouxe-me alguns dissabores. Apesar das boas notas e de todo o esforço, vi-me prejudicada em algumas situações à conta disso. Mas não interessa. Hoje olho para trás e tenho a certeza de que repetia 90% da asneirada que fui fazendo. Por duas razões: porque me fez feliz, e porque nada disso me impediu de atingir qualquer um dos meus objectivos a nível profissional.

Pronto, era isto que tinha para vos contar.
Tenham uma sexta-feira à maneira.
M




quarta-feira, 22 de maio de 2013

Zzzzzzzzzzzzzzz

Trabalhar 15 horas por dia anda a deixar-me de rastos e sem tempo para o blogue. Mas se correr bem, vai valer tanto mas tanto a pena!

Novidades das boas muito em breve. :D


sexta-feira, 17 de maio de 2013

Deixem o amor acontecer

Fico feliz com decisões como a que foi tomada no parlamento acerca da co-adopção por casais homossexuais. E orgulhosa também. Deu para perceber que ainda lá temos uma maioria de badamecos que serve para alguma coisa.

Quanto às consequências desta medida, façam-me um favor: deixem o amor acontecer. Deixem-se de merdas em relação a escolhas sexuais, moralismos, tipos de educação e "anormalidades". O amor pode e deve ser dado por qualquer ser humano a qualquer ser humano. Ponto. Enquanto for tão simples quanto isto, não podem existir limites impostos seja a quem for no que toca à simples vontade de amar alguém como se fosse seu.

Já vi opiniões muito bem fundamentadas em relação ao assunto, mas ainda não me apareceu nenhuma dessas que fosse contra a medida. Portanto assim sendo, façam-me outro favor: arranjem mais qualquer coisinha com que se chatear, está bem?

M

quarta-feira, 15 de maio de 2013

Para o raio que os parta a todos!

Passo o dia a lidar com pessoas com as quais não me identifico minimamente. Mas tenho a noção de que não somos todos iguais e portanto, respeito toda e qualquer opinião ou maneira de ser diferente da minha (por muito que me custe).

Gostava, mas gostava mesmo muito que isso fosse recíproco. É chato ter alguém a apontar os teus defeitos, as tuas manias, o que comes e quantas vezes te levantas da secretária para mijar durante um dia, sem que se aperceba de que eu não costumo fazer o mesmo. Raios.




De mão dada


Hoje voltei a andar de mão dada com alguém na rua. Estranho.

Vocês desculpem-me a deficiência mental que tem andado este blogue ultimamente. Estou a passar por coisas que me andam a fritar o cérebro e consequentemente, isto ora faz sentido, ora parece saído do diário de Bridget Jones, rasimeparta...




segunda-feira, 13 de maio de 2013

Coisinhas que me tiram a paciência


1) Gente que não passa um dia sem me vir falar mal dos outros.
2) Pessoas que perdem a paciência com gente que se atrasa (sim, sou patologicamente atrasada, não há nada a fazer, por muito que me esforce não chego a horas a sítio nenhum).
3) Trabalhar com sono.
4) Querer falar sobre coisas sérias e não me prestarem a devida atenção.
5) Gabarolice (NÃO GOSTO de gente que passa a vidinha a gabar-se e que tem que parecer sempre melhor do que os outros, credo).
6) Que me façam ver filmes sem me perguntarem primeiro se quero ver aquele ou outro qualquer.
7) Colegas de trabalho (todos).
8) Que se ponham em cima do meu ombro a pressionar-me para fazer as coisas mais rápido (o que para mim é quase impossível, uma vez que ando sempre a correr, mas mesmo assim ainda há gente a testar os meus limites...)
9) Que não me digam o que pensam de mim, especialmente quando é mau.
10) Pessoas que nunca estão bem em lado nenhum.


Por hoje, números 1, 2, 3, 5, 7, 8 e 9 já foram à vida.


Pela saúdinha dos meus sentidos #11

Ora, aqui vai disto para embalar o trabalho nesta segunda-feira.

Lá fora está sol, mas frio. Aqui dentro está como se pode. Vamos!

Blind Man,
by Gregg Allman


Tenham um rico dia e que a força esteja convosco :D
M

domingo, 12 de maio de 2013

Tenho um nó na garganta. Daqueles que doem e que moem e que chateiam e que se deseja que passem rápido.

Não tenho tido muita vontade para escrever (peço desculpa...), nem de comer, nem de trabalhar (apesar de não ter outro remédio). Não acho que deva falar muito disto aqui no blogue, talvez o venha a fazer mais tarde, mas até lá vou-me manter mais no silêncio do que é saudável em relação a ele.

Tenho por todos os meus amigos e amizades que partilho com eles, um respeito e um amor que não têm fim. E neste momento, uma das mais presentes na minha vida nos últimos dois anos parece estar a caminhar em cima de uma corda que não pára de bambolear. E por razões que nem vale a pena explicar, de tão parvas que são...

Tenho mesmo um nó na garganta, foda-se.

Apetece-me fazer delete em alguns dias da minha vida nos últimos dois meses. E é para apagar momentos bons e outros que sem saber muito bem o que eram, agora sei que eram bons também. Mas quero apagá-los. E quero as noites na varanda a falar de coisa nenhuma, os passeios de bicicleta, as tardes de gelado e os domingos de documentários de volta. Quero mesmo.

Tenham um domingo melhor que o meu, por favor.
M

quarta-feira, 8 de maio de 2013

Está na hora

De sair para o centro e aproveitar as temperaturas que se fazem sentir lá fora. 

Amanhã é dia de trabalho, mas hoje é dia de relaxar, beber uma cerveja com amigos e fumar uma cigarrada. 

Vou manca e com parte do corpo quase imobilizada (ainda não vos contei do tralho de bicicleta que dei ontem), mas vou.



Tenham uma boa noite!!
M

"Have a Nice Weekend!"

Apesar de às vezes ser chatinho morar aqui, isto até tem vantagens.

Uma delas é o facto de na tarde do dia anterior a um feriado não se trabalhar, e outra é o facto de se fazerem pontes, SEMPRE.

(Não vou parar de trabalhar nem num nem noutro, nem no feriado, mas adiante)

Sorri-se e diz-se "Have a nice weekend! See you on Monday!!". E fico descansadinha no laboratório sem ninguém para me dar cabo da paciência. É bom. 




segunda-feira, 6 de maio de 2013

Socorro

Sem qualquer tipo de saúdinha para os meus ouvidos nem para qualquer um dos meus sentidos:


Socorro
Pedro Abrunhosa & Bandemónio

Socorro, estou a apaixonar-me.
Merda.





sexta-feira, 3 de maio de 2013

Do avesso

Ora então boa terçççç...sexta!

É assim que estou. Completamente do avesso. Metam um feriado a meio da semana, mais uma cidade inteira a beber ao sol por 12 horas, mais uma noite mal dormida fora de casa, mais um regresso ao trabalho atribulado, tudo no espaço de menos de 5 dias, e é nisto que dá.

Não se matem de trabalho e aproveitem o solinho, se o houver, sim?
M



quinta-feira, 2 de maio de 2013

Esta tipa


acha que anda a passar demasiado tempo dos seus dias a pensar numa pessoa. Raios, abstracção não é nem nunca foi o meu forte...



quarta-feira, 1 de maio de 2013

(Isto era para ter sido publicado ontem)

Diz que hoje é dia de celebrar o Valborg (dia do trabalhador). Sim, é no dia anterior.

A tarefa é simples: compram-se bebidas, e bebem-se as bebidas.

Acho que gosto das tradições suecas.

Tenham uma boa véspera de feriado!
M

domingo, 28 de abril de 2013

Pela saúdinha dos meus sentidos #10

A última hora deste dia foi provavelmente um dos momentos Top 10 da lista de coisas que me fazem querer muito viver.

Recebi um convite de uns amigos para um churrasco durante a tarde, e estive quase para o recusar, uma vez que eles, coitadinhos, moram longe como o raio, para lá do cú de Judas. Depois de me tentar organizar e de arrumar o quarto (estava vergonhoso depois de uma noite de copos), lá saí quase contrariada, encontrei-me com mais dois amigos, igualmente contrariados, e lá fomos porque até estávamos com fome e caso não fossemos, provavelmente íamos ficar sem grande coisa para fazer durante a tarde e completamente desnutridos.

Um inferno para lá chegar de bike. Longe, longe, longe. Mas lindo. Uma casa no meio do nada. À volta, só campos e cavalos, muitos cavalos. Solinho e muitas gargalhadas. Foi uma tarde muito bem passada.

Mas o melhor ainda estava para vir.
Depois de estarmos a adiar o mais que pudemos o regresso, que já sabíamos que ia ser outro martírio, lá pegamos nas biclas outra vez e fizemo-nos à estrada.

Bem, escuridão quase total, nada de luzes na estrada. Uma lua de cortar a respiração. E estrelas, estrelas, uma imensidão de estrelas. Tentámo-nos concentrar no caminho mas foi impossível. Estacionamos os veículos e ficamos os 3 só a olhar para o céu. Simples, mas bom. Tão bom. Senti uma tonelada de uma coisa que não tinha percebido que lá estava a sair-me do corpo, e uma paz. Que paz...
Quase não nos conseguíamos ver uns aos outros, mas sei que estávamos os 3 a sorrir. Por dentro também.



Bom fim-de-semana!
M

quinta-feira, 25 de abril de 2013

A liberdade

Acho que passados alguns anos a ouvir "Olha que hoje é um dia muito importante", "Celebra-se hoje a liberdade", "Foi graças a este dia que as pessoas puderam começar a falar abertamente sobre política e essas coisas", "Antigamente, meu deus, ai de nós se falássemos do governo e das pessoas que lá estavam", "Lembro-me que nesse dia senti uma felicidade muito grande e uma vontade de sorrir fora do normal", aprendi a ter algum respeito por este dia. Este conhecimento foi-me dado, primeiro, pelos meus avós maternos e depois pelos livros de História e por outros que tratei de ler assim que me senti curiosa acerca deste capítulo da nossa História.

Apesar de o nosso país estar já há muito tempo mergulhado neste misto de imbecilidade política e fim da linha, a partir do qual ninguém sabe muito bem para onde se virar, espero que os portugueses tenham acima de tudo vontade de perceber o que este dia significou e o que é que dele podem fazer. Não sou a pessoa mais adequada, aos olhos de muita gente, para falar sobre lutas, revoltas, bandeiras e cantigas, uma vez que já tinha a minha fuga planeada há alguns anos. Mas muito mais do que muita gente que conheço, quer no estrangeiro ou ainda em Portugal, tenho pelo meu país e pela minha gente uma admiração e um orgulho que milhares de kilómetros ainda não conseguiram destruir.

Assim sendo, tenham um feliz 25 de Abril! 
Passem-no com a família, descansem, mas não se esqueçam de reflectir sobre todo o poder que o povo teve e que ainda tem nesse cantinho lindo da Europa. Mesmo que já não se lembre disso...


M.


quarta-feira, 24 de abril de 2013

Sou uma gaja da terrinha, mas sem a parte do bigode



É lindo dizer a um português que não nasci nem cresci na cidade e tudo aquilo que ele consiga dizer seja "Ui!", e que só consiga imaginar que aquilo que eu era antes de intervenção divina, chás e rezas, seja qualquer coisa deste género:


Não me importava. Havia de fazer muito bom uso da enxada em certas ocasiões.
Besta.


Em caso de dúvida ou curiosidade, consultar:



A verdade sobre os suecos.

Particularidades

Estou habituada a que me tratem como um animal exótico.

Não só pela minha aparência, mas pela minha atitude e personalidade que, no ambiente onde trabalho e vivo, é no mínimo fora do normal.

Se toda a gente é loira, eu sou morena.
Se quase ninguém tem olhos tão escuros como chocolate preto, eu tenho.
Se quase ninguém dá gargalhadas que geralmente se ouvem nos últimos gabinetes do piso onde trabalho, eu dou.
Se ninguém usa vermelho, eu uso.
Se ninguém se atreve a pedir uma cerveja ou um copo de vinho num after-work durante a semana, eu atrevo-me.
Se ninguém fala com as mãos e às vezes com outras partes do corpo, eu falo.
Se quase toda a gente é politicamente correcta e não dá sinceras opiniões em relação seja ao que for, ora cá estou eu para as dar.
Se quase ninguém responde a um piropo, nem se atrevem a olhar para quem o manda, limitando-se a corar, eu sorrio e respondo também.
Se ninguém faz piadas sobre sexo daquelas que deixam as pessoas em silêncio, eu faço.
Se ninguém trata os amigos como irmãos e como pessoas a quem quase tudo é permitido, eu trato.
Se ninguém se atreve a falar do seu trabalho como se de um primeiro amor se tratasse, eu atrevo-me.
Se ninguém tem tanto orgulho do país onde nasceu como devia (eu sei que numa altura destas não é fácil para quase ninguém que vem de onde eu venho, mas), eu tenho.


É isto.

Bom tempo. Muito bom tempo.

Lá fora está um dia de sol absolutamente espectacular, meus caros.

Até a alma tenho a sorrir! 

Estão uns radiosos 8ºC (pronto, isto é que não dá pra mais).

E o que esta gente fica bem-disposta com este tempo?? Até consigo não ter dedos suficientes para contar as vezes que me disseram "Good morning!!" com algum entusiasmo hoje. E eu respondo muito sorridente. E fica toda a gente com vontade de se sentar no sofazinho com a chávena de café na mão a conversar durante horas.

Mas não pode ser, que ainda temos ciência para fazer até ao fim-de-semana. 

De qualquer das maneiras, sabe sempre melhor (muuuuuuuito melhor) trabalhar num ambiente destes :)
Quase que arrisco em dizer que os nórdicos têm uma personalidade amorosa (mas não).






terça-feira, 23 de abril de 2013

Feito, feitinho, feitíssimo.

Pronto, já tratei de arrumar a apresentação e de ter a minha vida de volta.

Excelente feedback por parte da chefe e dos colegas, trabalho para mais meio ano (pelo menos) e que, como sempre, tem que estar pronto daqui a 2 meses, e muito cansaço. Mas o resto do dia de hoje vai ser para relaxar.

No final da apresentação, houve uma sessão fotográfica aqui no laboratório porque diz que as fotos que estão no site do centro são "pouco profissionais". Eu cá não me importo nada que troquem a minha, porque para além de ter uma foto que foi tirada numa festa nos meus tempos de faculdade, em que estou com demasiada pele à mostra e nitidamente com um copo a mais, também se nota que estava com uns quilinhos em excesso.
Para além de tirarmos fotos individuais, tirámos fotos de grupo. Foi giro. Fartamo-nos de fazer figurinhas lá fora no jardim e até direito a uma foto em que estávamos organizados por alturas tivemos (cof cof não vamos referir aqui quem é que estava na primeira posição do lado mais baixo porque não interessa nada). E ainda estou para ver o quão mais profissional é que isto vai ficar no site do que as fotos que lá estavam...


Ora pois que hoje é dia de ir beber uma cervejinha ao final do dia e de ver a bola com a rapaziada mai linda da Escandinávia!

Tenham uma boa terça-feira e não se matem de trabalho, sim?
M


segunda-feira, 22 de abril de 2013

O que tem de ser tem muita força

E eu tenho uma apresentação de 45 minutos para preparar até amanhã.
Ainda vai a meio, raismeparta...

Insiste, persiste e não desiste.

Tenham uma boa segunda-feira!!
M


sexta-feira, 19 de abril de 2013

Touchdown

Estocolmo.

Com vista mais do que privilegiada para o famoso Globen Arena :D

O tempo está agradável (7 graus, iupiii), não chove (ainda), por isso está na horinha de sair e explorar um bocadinho mais a cidade.

Tenham uma boa noite!
M

A caminho

da capital escandinava.

Mais um fim-de-semaninha, mais uma conferenciazinha. :D


Tenho quase 5 horas de viagem de comboio pela frente, e vão ser passadas a trabalhar, que faz bem.

Tenham uma rica sexta-feira!
M

quinta-feira, 18 de abril de 2013

Dez minutos lá fora por dia, nem sabe o bem que lhe fazia

Estava a ver que me dava um afano qualquer.
Estava eu sentadinha ao computador, já a trabalhar, chávena do chá ao lado, quando se me dá uma volta ao estômago. Nem sei explicar. Eu não sou sensível de estômago e portanto nunca senti uma coisa assim. Parecia que me estavam a tentar arrancar o estômago do lado de fora da pele. Uma dor tão aguda que a certo ponto ia caindo para o lado. Eu era calores, calafrios, palidez e a determinado ponto, acho que até surda fiquei.

Consegui gerar pânico aqui no office. Pus toda a gente a fazer abanicos de artigos científicos. E já estava tudo: "Ai tu tens que ir ao hospital, já". E eu: "Não, ao hospital não vou!" (o hospital fica aqui ao lado, aliás, o hospital tem uma entrada subterrânea só para o edifício onde trabalho, mas nunca gostei de hospitais, e apesar de estar a sentir-me a falecer naquele momento, disse logo que não).

Até que soltei o grito do Ipiranga: "Vou até lá fora apanhar ar!"
Fui.



E passou.


Cá para mim ando a passar demasiado tempo enfiada aqui dentro. Isso e o stresse que esta gente me causa, dão-me cabo das entranhas, está visto.


Hoje vou




Trabalhar até me doer a alma. Merda.


terça-feira, 16 de abril de 2013

Por essa blogosfera fora e por esta cama adentro






Dia de loucos.
Têm sido todos assim, já há uns tempos. Mas entre correrias durante a semana, mais trabalho, copos e amigos ao fim-de-semana, este corpo e esta cabecinha andam a pagá-las.

Hoje é dia de dormir cedinho. E já estou equipada. 

Boa noite!
M

Isto é uma filha-da-putice meus caros


Ainda estou a digerir aquilo que vi ontem nos vários meios de comunicação e que continuo a acompanhar. Com a mesma dificuldade que acompanhei aquilo que vi do 11 de Setembro de 2001 em Nova Iorque ou do 11 de Março de 2004 em Madrid, ou a 22 de Julho de 2011 na Noruega, ou em qualquer outro local onde coisas destas aconteçam.

Pessoas. São PESSOAS, e são pessoas inocentes. Filhos da puta é tudo aquilo que me apetece chamar a quem fez isto. 
Religião, política, dinheiro, fanatismo, ou o raio-que-os-parta-a-todos NÃO são razões válidas para atacar inocentes. Hoje, aquilo que sinto em relação ao Mundo em que vivo é vergonha. E raiva, muita raiva.

Não me quero alongar nisto porque estou com vontade de escrever mais palavrões e de lhes desejar coisas más. Nem é bom.







Pela saúdinha dos meus sentidos #9

E é assim que o meu dia acaba bem.

Descobri estes senhores há pouco tempo e não conheço muita gente que os conheça, mas estou a tentar mudar isso.
Dos álbuns deles, do que já ouvi, tenho a dizer que é tudo maravilhoso.

Deixo-vos 3 coisas boas, para não vos deixar cem:

Icy cave dancers

Playing dead


Leaf
by Breathe owl Breathe


Boa noite.
M



segunda-feira, 15 de abril de 2013

domingo, 14 de abril de 2013

Hoje não.

Hoje não é o dia para falar de coisas bonitas.
Hoje não está sol.
Hoje, apesar de saber o que me apetece, ainda não sei o que vou fazer.
Hoje não me apetece estar sozinha.
Hoje é um dia depois de ontem, e continuamos nisto.
Hoje não é dia de ficar mais paciente em relação seja ao que for.
Hoje não quero.

Hoje

não.





Dia Não desta bloguista. Peço desculpa por qualquer incómodo causado.

sábado, 13 de abril de 2013

Apesar de não estar sol

Já posso começar a tirar estas lindas do armário. Os meus pés já não congelam com menos de três camadas de tecido nos pés.

Primavera, és tu? :)

E acordar com isto??

Baby blue
Badfinger

Precioso.
Peço desculpa pela qualidade do vídeo, mas não consegui uma versão melhor.
Foi a primeira coisa que me veio à cabeça assim que acordei. Há 5 minutos atrás.


Tenham um rico sábado!!

M.

sexta-feira, 12 de abril de 2013

Parece que sobra

Parece que sobra guito daquelas três-filhas-da-mãe-de-três-bolsas que consegui para as conferências nos Estados Unidos.

Recebi um mail da chefe a dizer:

"Que queres que faça ao dinheiro? Que devolva ou tens mais alguma conferência a que queiras ir? Se não, também tens a possibilidade de ir a um curso de 2 semanas na Grécia. Pensa lá nisso e depois diz-me alguma coisa."

Tabém. Pensa lá nisso. Já pensei. E não quero.




Estava a brincar.

quinta-feira, 11 de abril de 2013

À espera

O tema dos sonhos e da satisfação pessoal fascina-me. (Para não perderem o fio à meada podem ler mais sobre estas minhas divagações, aqui. E já agora, ainda podem mandar e-mails a respeito disto!)

Como "filha" da ciência (como quase toda a minha geração), e pessoa que trabalha na ciência, tenho uma curiosidade e uma vontade de experimentar, explicar, planear, querer tudo e querer mais que me são intrínsecas. 

Isto é tudo muito bonito, não fosse o facto de nos tornar pessoas insatisfeitas (sim, sim, já falei nisto)

Uma questão que surge é:
Quando é que sabemos que podemos parar? (de perseguir determinado sonho / de lutar por determinados objectivos na carreira / de esperar por determinada pessoa na nossa vida / de querer ter mais dinheiro / de querer viajar mais / de querer experimentar mais e melhor). 

Mas a pergunta que vos quero colocar hoje é:

Existe por aí alguém que já tenha tido um sentimento de satisfação em relação a qualquer um destes assuntos que acabei de referir ou outro qualquer??

Se sim, a que é que sabe?
Como é sentir-se completamente satisfeito em relação a algo que se persegue / perseguia?


(Não me refiro à satisfação que se sente depois de enfardar uma feijoada à transmontana, uma francesinha à moda do Porto ou uma carne de porco à alentejana (que é para ninguém se chatear). Essa eu sei a que é que sabe :D Refiro-me às outras todas!)

Ao longo dos anos, fui aprendendo a educar-me em relação a estas coisas e a pôr travões em relação a determinadas ambições. Não porque achasse que seriam impossíveis de concretizar, mas porque me apercebi que isso estava a fazer de mim uma pessoa da qual, no fundo, eu não gostava. 

Apreciar o momento e retirar prazer e satisfação de pequenas coisas no presente, não é coisa fácil nem é para todos. Mas todos podemos tentar. Eu tento todos os dias, mas sei que ainda tenho muito a aprender. E continuo com curiosidade em relação a isto.


Vá, agora pensem lá nisto e respondam à minha pergunta. (Nem que seja para dentro!)

M. 





Tenho uma irritaçãozinha por

Blogues de moda que não são bem blogues de moda.

Eu, como qualquer gaja que se preze, gosto de moda. Gosto de saber o que se usa, de ler revistas de moda, de ver ideias e tendências que nem sempre correspondem aos meus gostos mas que sim senhor, são giras. De roupa, acessórios, muito especialmente colares e carteiras, e de sapatos.

Adoro sapatos. 

Apesar de não ter (ainda) uma colecção por aí além, e também por não estar a viver nas condições mais apropriadas para isso, tenho que me contentar com os meus ténis e botas quentinhas (QUENTINHAS). Sempre que tenho um convite para uma festa, lá tenho desculpa para comprar mais um parzinho de sapatos, daqueles que me põe os olhos a brilhar e quase sempre, os pés a doer.

Bem, adiante. Pois, que me irritam os blogues de moda que não são bem blogues de moda. E não são blogues da moda porquê? Porque na maior parte deles, aquilo que se vê são pessoas em sítios bonitinhos e com uma camada de quinquilharia em cima delas que nem aqui nem em lado nenhum do Mundo, da forma que elas as usam, estão na moda. Mas são caras. 

Posto isto, vou ter que dar aqui aquilo que é apenas a minha opinião: juntar todas as vossas roupas de marca e jóias e sapatos e carteiras, mesmo que não tenham nada a ver, e mesmo que sejam Swarovsky, Louboutin, Prada, Hermés, Chanel, Luis Vuitton, Versacce, Dior e o raio-que-os-parta, no mesmo outfit, NÃO É MAIS MODA do que usar uma e só uma destas marcas, ou até nenhuma. 

Não é pelo que gastaram nas peças que elas vos vão ficar melhor. 

Outra coisa: bom gosto não se compra. 

E ainda outra coisa: Não é pela paisagem que escolhem para tirar as fotos e pela pose que fazem, que as coisas vos vão ficar melhor.

Atenção: Eu não tenho absolutamente nada contra blogues de moda! Aliás, sigo alguns, dos quais gosto bastante. MAS, apesar de até certo ponto achar que, de facto, as pessoas não o fazem por mal, acho que espírito crítico é uma coisa que se ganha também quando se lida com estas coisas (ou se pretende lidar, vá).

De qualquer das maneiras, eu não sou ninguém para interferir no que as outras pessoas fazem com os blogues delas. Assim como ninguém interfere no meu (so far, so good...). E de facto, não tenho direito nenhum de julgar. Mas senti necessidade de partilhar esta irritação por esta enchente de blogues que se têm visto quase todos os dias a aparecer, e que não são nada mais nada menos, do que um show-off de meninas ricas, ou então com muita sorte no que toca às prendas de aniversário, e convencidas.

Está certo?


É isto que acontece quando se vai fazer análises logo pela manhã e se tem que trabalhar em frente a um computador durante um dia inteiro, com intervalos de 15 minutos a cada meia hora. Vê-se o que não se quer, e depois escreve-se o que não era suposto. Peço desculpa. Vou ver se não volta a acontecer.


E é assim que me põe mal disposta logo de manhã

"Inspire e depois expire com toda a força que conseguir. E mantenha, por pelo menos 6 segundos"

Não resultou. Foram 3 tentativas.

"Isso, isso. Agora outra vez. Longo, longo, longo, longo, mantém..." 

Eu, roxa já. Não resultou outra vez.

Lá fiz a Espirometria como manda o regulamento do laboratório. Linda menina, ao fim de quase 20 minutos nestas tentativas de sopro falhadas...



"Vi aqui no questionário que preencheu que a menina fuma. Você sabe o mal que isso lhe faz, não sabe?"
Não, não fazia ideia até agora minha senhora. Aliás, vou já pôr o maço que tenho na carteira no lixo.

Resposta: (sorrisinho) "Sei, sei...Mas em minha defesa, apesar de fumar há sete anos, já não fumo nem um terço do que fumava. Agora é mais quando saio, geralmente ao fim-de-semana"

(e esta parte vou escrever em inglês)
"Oh, you're a party smoker!" (enquanto escreve lá numa folhinha)

(Não, NÃO, nÃO escrevas isso na ficha que vai ser vista pela secretária do meu departamento e quiçá pela minha chefe, nãaaaaaaaaaaao!). Lá tentei remediar a situação. Mal:

"Nem sempre são festas. Às vezes são só dias mais relaxados em que fumo um ou dois cigarros" (ou dez)



"Pronto, agora vamos só ali à outra salinha tirar uma pequena amostra de sangue, pode ser?"

Não, não pode. Não pode mesmo ser.

"Sim, sim..."


E foi isto o meu começo de dia.
Levantar cedinho, ficar tonta e de uma cor diferente, ter uma liçãozinha sobre a minha saúde (eu sei perfeitamente que a senhora tinha razão) e para finalizar, uma das coisas que mais detesto: tirar sangue.
Continuo de pé e tenho um longo dia pela frente. Está tudo bem.







Alvorada!!!

São 7:40h,
06:40 em Portugal e 05:40 nos Açores! :D

Toca a sair da cama! (Daqui a meia hora vou-me arrepender de ter acordado bem disposta. Vou ao médico e vou ser picada, que bom -.-)



Bom dia!!
M.

Hoje foi dia




...de trabalhar 14 horas seguidas.




Hora de adormecer ao som disto:

Ain't got no, I got life,
Nina Simone

Tenham uma boa noite! 

M.

terça-feira, 9 de abril de 2013

Que riqueza

40 posts, mais de 500 visualizações em 7 países, 3 seguidores, 9 comentários. :D
O meu blogue continua pequenino, mas eu gosto muito dele.

M.

Pela saúdinha dos meus sentidos #8

Minha nossa senhora, o que eu não dava por uma hoje...


Ai que dava-vos tantas trincas agora!

Francesinhas. Sou fã, devota, doida por francesinhas. 
Custa-me só comer uma destas praí uma ou duas vezes por ano agora. Quem souber de um restaurante na Suécia que as saiba fazer à portuguesa, que avise. Estou capaz de dar beijinhos a quem o fizer (ou se calhar não, mas se me quiserem fazer feliz podem dizer na mesma). Hoje ando a pensar nelas desde que acordei.

Gosto de francesinhas desde que sejam francesinhas e que sejam boas. Gosto de molho picante, ou não,  molho marisqueiro, ou não, gosto delas feitas em forno de pedra ou forno normal, com ovo, ou não, gosto de moooooontes de batatas a acompanhar, e de a ir regando com mais molho quentinho enquanto a como. Quanto à carne, também não sou esquisita, mas adoro quando trazem uma dose extra de linguiça. 
Para acompanhar, uma Sagres Bohemia.

Pronto, estou a salivar.

Já experimentei imensos sítios e até tenho as minhas preferidas, embora não diga quais porque se houver gente da minha terra e arredores a ler isto, chamam-me já nomes. E não convém.

E vocês, como gostam da vossa? E onde? (digam-me lá mais sítios porque adoro experimentar!)

M.



segunda-feira, 8 de abril de 2013

Se namorares comigo

"Depois, com delicadeza, desdobrou o pequeno papel, estava humedecido pelo suor da palma da mão. Com caligrafia perfeita:

 Se namorares comigo, dou-te um pombo, cem escudos e um livro."

José Luís Peixoto, in Livro

Raios homem, que me consegues arrancar sorrisos a cada duas páginas...

Há alturas em dá jeito ter um homem por perto

Especialmente quando se dá cabo da corrente da bike logo de manhã.


sábado, 6 de abril de 2013

sexta-feira, 5 de abril de 2013

É oficial

Adivinhem lá para onde é que eu vou laurear a pevide no Verão...



Não, não andei a assaltar esmolinhas. E não, não são os papás que pagam. 
Depois de semanas a candidatar-me a travel grants para ir a uma conferência em Boston, consegui não uma, mas três, TRÊS filhas-da-mãe-de-três-bolsas para ir à conferência! Depois da conferência, e uma vez que estou pertíssimo de Nova Iorque, vou lá passar PELO MENOS uma semana. 

Lembram-se daquele meu post "Um dia tenho mesmo que..."? (ora vão lá ver ao arquivo sefáxabor!)
Ora leiam lá o sexto ponto. Pois, não me venho embora sem o fazer. E pode ser a maior desilusão de todos os tempos. Mas fica feito. 

Tenham uma rica noite de sexta feira!
M.

Faz-me um filho!


quinta-feira, 4 de abril de 2013

Ok, vamos falar deste assunto.

Andei a evitar fazê-lo, porque coitadinhos/as de vocês que têm que me aturar. Mas é desta.


O Amor.

Ora, não sei se já deu para perceber (provavelmente para os mais distraídos ou aqueles que visitaram aqui o estaminé uma ou duas vezes só, não) mas eu tenho uma relação que atira assim um bocado pró estranha com estas coisas do Amor.

Não é que não seja romântica e cutxi-cutxi, e que não seja uma miúda que até se queira ter como namorada, ou que até não seja boa namorada. Mas por azares da vida (vamos chamar-lhes assim), ainda não estive numa relação que me enchesse as medidas.

Tive namorados de tipos diferentes e de diferentes feitios também. Giros, inteligentes, engraçados, não tão giros mas inteligentes e engraçados na mesma, ambiciosos, ou simples e descomplicados, metrossexuais ou absolutamente despreocupados com a imagem, entre muitas outras características. Nenhum deles me fez alguma vez sentir que tinha falta de atenção (bem pelo contrário, às vezes até chateava!), ou que estaria a ser tratada de uma forma que não merecesse. Todos, mas todos eles, me deram momentos de felicidade, de boa disposição, e de (muito) bom sexo (vamos chamar as coisas pelos nomes, sim? Eu sei que a minha irmã lê este blogue. Desculpa. Não quero criar imagens na tua cabeça, mas o blogue é meu. Para além do mais, deves saber o que significa a palavra).

Mas passado algum tempo, lá dava por mim a dizer a mim mesma "Caramba M, ainda não estás bem, pois não?" Pois. Aí começavam as verdadeiras dificuldades no que toca a relações. Era eu a tentar arranjar motivos para me manter nelas, e pura e simplesmente, no meio de coisas boas, não conseguir arranjar um sequer. Isto é uma coisa que nunca ninguém percebeu em mim. Apesar de nas fases finais das minhas relações se calhar já haverem razões para se pôr um ponto final na história, a minha certeza em relação a esses fins já existia há muito. Sim, que me desculpem os meus ex-namorados, mas eu já sabia que as coisas iam dar para o torto há muito.

Haviam pequeninos sinais, vindos de sítios na minha cabeça que eu desconhecia, que me indicavam que estava a caminhar a passos largos para a infelicidade. Uma insatisfação e inquietação parvas...

E pronto, agora percebo que só ainda não estive NA relação. Aquela que te faz sentir feliz e preenchida. Aquela que te faz ter certeza em relação ao que queres para o futuro dela. Aquela que não te obriga olhar para trás, nem te faz hesitar seja quando for. Uma relação em que, de facto, exista da minha parte AMOR.

Era só isso que fazia falta nas outras.

Neste momento, e passados 6 meses desde que a última acabou, estou bem. E era exactamente disto que andava a precisar. De tempo. De fazer perguntas a mim mesma, e saber a resposta imediatamente. Sem complicações. De fazer amigos. De flirts que eu sei exactamente como terminar porque consigo ver se é ou não aquilo que quero. De me conhecer. E nunca valorizei tanto o amor como o faço agora. Amor é aquilo que sinto pela minha família. E aquilo que sinto pelos meus amigos também. Do outro, ainda não conheço, mas estou a ver se o encontro.

Se me perguntarem aquilo que quero num homem neste momento, a minha resposta é só uma. Que me faça sentir bem.
Quando essa alma aparecer, cá estarei eu para assumir a minha próxima relação. Até lá, esta alma aqui está SOLTEIRA! (e boa rapariga, como sempre)



Existe por aí mais alguém que me perceba?
Gostava que partilhassem essas inquietações (ou o contrário delas, que ainda é melhor) no que toca às coisas do amor. Sou curiosa e acho giro falar disto com pessoas diferentes.
Para além do mais, nem sabem a felicidade que me dão de cada vez que comentam :D

Tenham uma boa sexta-feira!
E já agora (que isto até pode ser já amanhã, nunca se sabe):

The Cure
Friday I'm in Love

M.




quarta-feira, 3 de abril de 2013

Não me esqueço. Mas desculpo-me.

Queridos/as bloguistas/leitores/apenas curiosos e afins, tenho-vos a dizer que estou absolutamente de rastos. E para que é que isto vos interessa, perguntam vocês? Para nada. Isto sou só eu a preparar uma desculpa (olha aí o parágrafo seguinte).

Tenho um post em mente para o blogue, mas para além de ter sido um fim-de-semana bastante ocupado para mim, hoje o dia também foi de loucos. Ainda não foi desta que o escrevi. Agora vou dormir, que amanhã às 7 da matina estou a pé (awtch....).

Fica aqui a banda sonora deste meu momento (e é da boa!), a ver se é hoje que adormeço antes das 3 da manhã...
Relaxem praí. Tenham uma boa noite!


Destiny,
 Zero Seven

M.

terça-feira, 2 de abril de 2013

É assim.


"O que tiver de ser será. Conheço essa filosofia costumam chamar-lhe predestinação, fatalismo, fado, mas o que realmente significa é que farás o que te der na real gana, como sempre."

José Saramago




domingo, 31 de março de 2013

Odeio-te. Mas só um bocadinho.

És a pessoa que eu mais odeio neste momento. Só um bocadinho. Dos grandes, mas só um bocadinho.
Ai.
Tens personalidade, és giro dentro de um género específico de giro (daqueles que vêm sobretudo de dentro, e que transparecem para fora em todas as ocasiões), és inteligente e simples. Mas odeio-te.

Odeio-te porque me dás a volta à cabeça. E todos os dias me fazes dizer a mim própria que isto não é nada. És o amigo, o confidente, aquele a quem eu posso contar o que me apetecer, e aquele a quem eu não tenho problemas em contar todas as coisas menos boas do meu dia. Não me passa sequer pela cabeça excluir-te de qualquer tipo de cena para a qual seja convidada, e não vejo um dos meus dias aqui sem ti. És uma merda.
Dás, é-te retribuído, dás outra vez para depois te ser retribuído novamente. E depois disso. Nada. Era a ti que eu oferecia abrigo se me dessem a escolher de entre todos os homens que me rodeiam ou que já fizeram alguma vez parte da minha vida.
És Homem.

Tenho dito.







PS: Mais um post nhe nhe nhe e ai-valha-me-deus-que-sou-gaja deste blogue. Peço desculpa se a qualidade tem vindo a decrescer, mas isto ou é das hormonas ou da falta de sol (ainda não sei bem). Às vezes sai assim. Foda-se, merda, puta que pariu.

sexta-feira, 29 de março de 2013

Tequila

Sabem aquelas noites em que a tequila reina e em que se acaba a dizer o que não se quer (ou quer) a quem não se devia? Ontem foi assim. Foda-se.

quinta-feira, 28 de março de 2013

Que-se-ma-na.

Foi uma semana absolutamente de loucos.
Ainda não acabou, eu sei, mas como amanhã é feriado, isto já cheira a sexta-feira.

Começou como uma de tantas outras e tornou-se algo completamente diferente. E pode ser definida apenas descrevendo segunda e terça:

Segunda-feira: normalíssima, com direito às neuras do costume e muito sono. Depois da conferência do fim-de-semana, apercebo-me que já não tiro um dia para dormir até às 11h há 3 semanas (tá mal!).
ao final da tarde: artigo científico publicado (yaaaaaaaay! :D)

Terça-feira: artigo referido no site da National Geographic (minha nossa senhora, que nem queria acreditar!!). 

Resto do dia e da semana:

  • Festejos (no lab, em casa, com os amigos, jantares, brindes, mais brindes, agradecimentos e coisas que tais)
  • 1500 reuniões de trabalho
  • Tentar adiantar mais trabalho (que ainda tenho muito que fazer e esta gente só sabe dar-me de beber)
  • Está na hora de ir às compras e de fazer jantarada com os amigos lá em casa, que eles merecem :)


Passou a voar, e até podiam ser todas assim. Mas estou absolutamente exausta.
Tenham um bom feriado, sim?

M.



segunda-feira, 25 de março de 2013

Está do caraças.

Por favor, tirem uma hora e meia da vossa semana para ver este documentário, se ainda não tiverem visto. 

Ao Domingo eu e um amigo meu costumamos fazer uma sessão de cinema em casa. Durante a semana, caso apareça alguma coisa que gostássemos de ver, salvamos para uma destas sessões. De vez em quando, vemos coisas que são do melhor. Já tinha ouvido falar do Waste Land e do trabalho do Vik Muniz, um artista visual brasileiro que tem trabalhos absolutamente sensacionais, mas ainda não tinha tirado tempo para o ver.
Não vou descrever. Podem ver o site do documentário aqui, onde também encontram este trailer:  


Eu não sou uma pessoa especialmente lamechas, mas isto tocou-me. A simplicidade e a felicidade destas pessoas, no meio da tristeza e do lixo na vida delas é uma das coisas mais lindas que já vi. Quando me deparo com estas coisas, dá-me vontade de sair feita parva e começar a abraçar gente na rua. Foda-se, já estou de lágrima no olho outra vez.

domingo, 24 de março de 2013

Eu não nasci a saber sueco

E como fiquei no nível 1 do curso, é-me impossível perceber o que este senhor está praqui a dizer.

Conferências ao fim-de-semana são chatinhas, mas numa língua diferente, valha-me deus. Mas eu mereço.

O que há de bom é a boa comida, o sol a entrar pela janela e a gente gira que ando praqui a ver. Sim senhor, qualidade. Olha, vem aí tradutor para mim. Giro.

sexta-feira, 22 de março de 2013

Este filho da mãe deste Inverno que nunca mais acaba

Está um frio do caraças. 


Apesar de estar sol (hoje, e depois de muito tempo), ainda está tudo coberto de neve depois do nevão de há três dias atrás. Esta semana vim quase todos os dias de autocarro para o trabalho, o que é bem diferente daquilo que costumo fazer. Geralmente, a bicicleta é a minha fiel amiga para todo o lado que vou. Mas, os sinais do frio começam a ser evidentes na minha cara e mãos. E para além do mais, chego ao trabalho muito mais relaxada do que se vier de bike.

Estão 3 graus negativos e este fim-de-semana prevê-se descida da temperatura (há-de chegar aos -9 dizem eles). Está bonito. Como ando ocupada durante este mês, não vou a Portugal na Páscoa, portanto lá vou eu continuar a aturar mau tempo até que ele se lembre de ir embora. Enquanto isso estão 13 graus na minha terra e o sol brilha, disse-me a minha mãe há bocado (mas também já fui ver as previsões e vi que o tempo vai mudar, por isso, toma)...

Apesar de gostar do local onde vivo, estou um bocado arrependida por me ter mudado para um sítio que me faz pedalar durante 15 minutos para chegar ao trabalho. Não é que seja muito, mas geralmente faço o percurso a grande velocidade (por causa das horas) e sempre a subir. E raismeparta este percurso. Esta não é a única razão pela qual me arrependo, e todas as outras envolvem a querida da minha colega de casa. Mas isso vai dar pano para mangas noutros posts, prometo.


Este fim-de-semana tenho conferência numa cidade aqui ao lado e amanhã é dia de acordar cedinho. Por isso, hoje não há cá copos para ninguém. Melhor, também não ponho os pés na rua depois das 7 da tarde, e poupo-me deste briol.

Este é o post nhe nhe nhe da semana. Aquele em que me queixo da vida que levo. É isto.