quinta-feira, 14 de março de 2013

Para começar o dia

Café, muito café.

Nunca fui pessoa de me levantar muito cedo. Não me acho preguiçosa, não. Não me acho dorminhoca, não (até porque quando durmo muito mais de oito horas parece que fui passada a ferro por um camião). Só sou daquelas pessoas cujo cérebro simplesmente não funciona muito bem antes das 9:30/10 da manhã. E sim, gosto de dormir de manhã. Sabe e faz-me bem!

Por outro lado, sou capaz de fazer grandes maratonas de trabalho pela noite dentro (quando vivia em casa dos meus pais, isto levava a minha mãe aos arames). Ora, isto não seria absolutamente problema nenhum caso não tivesse que me apresentar num laboratório todos os dias a horas de gente. 

Apesar de não ter ninguém a controlar as horas a que entro e saio, os meus horários são, digamos que um bocado (bastante vá) relaxados, para os parâmetros deste pessoal. E isto por vezes faz-me sentir culpada, mesmo que sem razões para isso (E também porque existe muita gente que trata de me fazer sentir culpada por isso...). A verdade é que no final sou capaz de fazer quase o dobro de horas de trabalho mensais do que é suposto. Isto porque, na maioria das vezes, não tenho horas para sair daqui. E também não existem fins-de-semana em que não tenha que pôr aqui os pés. Mas, as pessoas só podem imaginar o que eu trabalho por aquilo que virem enquanto estou por aqui, ao mesmo tempo que elas. Vale-me de muito ter uma chefe que quando me pede resultados, os tem e grande parte das vezes, os aprecia bastante. Também me vale de muito ela ter plena noção do tempo que é preciso para se prepararem certas coisas. Também me vale de muito ela ter noção das horas extra que faço. E também me vale de muito, ela saber que me pode mandar mails às horas que lhe apetecer, que eu respondo.

Responsabilidades são mesmo assim. Um compromisso. Acho que sempre lidei muito bem com elas. No entanto, é difícil a adaptação a um novo ritmo de trabalho, e que neste caso, é altamente influenciado por traços culturais. É difícil explicar a algumas pessoas aqui que às 5 horas da tarde ainda tenho pelo menos duas a três horas de trabalho pela frente. E que janto por volta das 21h. E que não consigo dormir muito antes das 00:30h (porque antes disso é cedo, muito cedo). 

Depois de um ano e meio a viver aqui, sinto-me capaz de escrever uma tese sobre diferenças culturais, mas vou deixar alguns excertos dessa tese para outras ocasiões.

Tenham um bom dia!
M.




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