segunda-feira, 17 de novembro de 2014

Sobre amor, carreira e maternidade. (É só para afastar todas as pessoas que não queiram ler coisas sérias)

A minha relação com o amor mudou. Digo-o com toda a calma e serenidade, que felizmente me enchem a alma nos dias que correm. Não fiz escolhas muito felizes no passado. Não vivi histórias de amor inesquecíveis. Fiz promessas que sabia que não ia cumprir, infelizmente. E não as cumpri, felizmente. Pois tudo isso me levou até onde me encontro agora. Encontrei-o num amigo, no meio de uma paixão, e agora alimento-o debaixo do mesmo tecto em que quero ver o meu filho crescer. Podia ter sido antes, e podia ter sido muito depois também. Estou grata por ter sido no momento em que foi.



Quando descobri que estava grávida, prometi a mim mesma que a vida em que vivo ia passar a ser melhor. Que todos os dias iriam contar para que me sentisse mais realizada, para além do trabalho e das conquistas profissionais. Prometi ao meu filho, quando achei que ele já me percebia, que nunca mais trataria os meus dias da mesma forma.  Os meus dias eram preenchidos por tudo aquilo que ainda me faltava fazer. O que faltava fazer naquele dia, semana, mês...nesta vida. Vivi anos a contar tarefas, apresentações, artigos e candidaturas no meio de calendários e agendas, espalhadas um pouco por toda a parte. Grande parvoíce. 




Ser mãe torna-nos maricas, medricas, lamechas, introspectivas, sensíveis, doridas, mais humanas, amigas, fortes, guerreiras, e todos os adjectivos mais que apontem para a contraditoriedade. Só para avisar que tudo isto nos torna melhores.



Continuam a habitar em mim muitas ambições profissionais. Mas que são postas em perspectiva assim que nascem cá dentro. Não existe nada que me faça mais feliz do que amar e ser mãe.




Fim (do post que acabou de afugentar toda a blogosfera de vez).


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