sábado, 10 de fevereiro de 2018

E com a (possível) mudança de casa...

...Começam as borboletas na barriga enquanto imagino como vai ser o nosso novo cantinho.

Tenho uma séria doença que se chama "decoração de interiores". Acho que nunca publiquei nada sobre isso por aqui. Acho que é uma daquelas cenas hereditárias. A minha mãe é assim. Lembro-me de que a cada duas semanas, mudava qualquer coisa lá em casa. O meu pai não achava piada nenhuma...Saía-lhe sempre um "Pronto, lá está ela..." ou um "Mas oh Mizé, vais mudar o sofá de sítio OUTRA VEZ? Estava tão bem assim". Mas nada a demovia. Quando metia na cabeça que era para mudar, era para mudar!

Revejo-me muitas vezes, quando ando aqui às voltas com as jarras de flores, os tapetes e as almofadas. E o sofá, muitas vezes o sofá...
Tenho um armário com almofadas e fronhas em tons diferentes. Quando me apetece mudar os tons da casa, lá o abro e vou tirando e pondo.

Acho que a partir da altura em que comecei a trabalhar (ia dizer a partir da altura em que me tornei adulta, mas depois lembrei-me do meu quarto nas residências da faculdade...), e a precisar de ter um espaço mais acolhedor para me receber ao final de um dia de trabalho, comecei a ganhar um grande gosto por decoração. Depois, o vício foi-se adensando quando me mudei para um país nórdico. Não há como não se deixar influenciar por lojas de decoração. E não, não é só por causa do IKEA....Há lojas de decoração de vários estilos, em cada canto e esquina. Åhléns (uma das minhas preferidas), Lagerhaus, Illums Bolighus, Granit, and the list goes on and on and on...

Confesso, o estilo minimalista agrada-me bastante. No sentido em que gosto de espaços com espaço, sem muita tralha e sem muito barulho à mistura. Mas não gosto de casas-catálogo, que são todas iguais umas às outras. Gosto de cores neutras como base, mas adoro tons vivos que saltam à vista no meio de um mar de "cinza-beije-madeiraclarinha", e de objectos diferentes que são tudo menos minimalistas. Adoro misturar peças étnicas, por exemplo. No ano passado, trouxe uma série de coisas engraçadas da Austrália e estou ansiosa por encaixá-las na casa nova.

Mas não vou decorar tudo de uma vez. Quando me mudo para uma casa nova, o meu ano preferido é sempre o primeiro. Quando ainda existem espaços vazios e a precisar de detalhe, quando ainda há trabalho a fazer. E no meu caso, nunca fica tudo pronto ao fim de um ano. Na verdade, nunca fica pronto... Anda tudo constantemente a ser mudado. Adoro a sensação de encontrar um objecto e pensar "É isto mesmo!", trazer para casa, testar aqui, testar ali. Até que cai no sítio certo, e torna-se numa paixão para vida.

Acho que quando nos mudarmos de casa, vamos levar grande parte da nossa mobília connosco, porque ainda está em bom estado (compramos tudo novo nem há quatro anos atrás). Mas há dois espaços que quero mudar completamente: a sala e o quarto do miúdo.

A sala, porque na altura em que mobilamos esta casa cometi o grandecíssimo erro de comprar um sofá preto, giríssimo, mas que é um inferno para limpar e manter apresentável. Mudando a cor do sofá, vou querer mudar também os tons dos móveis, os tapetes, e pronto, assim a sala toda. Ainda não me decidi entre um sofá cinza ou vermelho, mas até lá vou tirando ideias. E o quarto do miúdo, porque ainda parece saído directamente do Bairro do Panda, e acho que está na altura de o pôr em tons mais neutros.

Ficam aqui algumas das coisas que andei a ver para a sala e que me andam a aquecer o coração:

                                      














 E para o quarto do miúdo:
                                   
           








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