Um blogue escrito por uma tipa do Norte.
Como se isso não bastasse, esta tipa também vive no Norte, só que da Europa. Aqui faz frio e o sol não brilha muitas vezes. É por isso que ninguém se pode chatear comigo se daqui saírem coisas menos bonitas (azedas até, para ser mais precisa).
“É da falta de Vitamina D”, é o que eu digo sempre.
Sejam bem-vindos!
A última hora deste dia foi provavelmente um dos momentos Top 10 da lista de coisas que me fazem querer muito viver.
Recebi um convite de uns amigos para um churrasco durante a tarde, e estive quase para o recusar, uma vez que eles, coitadinhos, moram longe como o raio, para lá do cú de Judas. Depois de me tentar organizar e de arrumar o quarto (estava vergonhoso depois de uma noite de copos), lá saí quase contrariada, encontrei-me com mais dois amigos, igualmente contrariados, e lá fomos porque até estávamos com fome e caso não fossemos, provavelmente íamos ficar sem grande coisa para fazer durante a tarde e completamente desnutridos.
Um inferno para lá chegar de bike. Longe, longe, longe. Mas lindo. Uma casa no meio do nada. À volta, só campos e cavalos, muitos cavalos. Solinho e muitas gargalhadas. Foi uma tarde muito bem passada.
Mas o melhor ainda estava para vir.
Depois de estarmos a adiar o mais que pudemos o regresso, que já sabíamos que ia ser outro martírio, lá pegamos nas biclas outra vez e fizemo-nos à estrada.
Bem, escuridão quase total, nada de luzes na estrada. Uma lua de cortar a respiração. E estrelas, estrelas, uma imensidão de estrelas. Tentámo-nos concentrar no caminho mas foi impossível. Estacionamos os veículos e ficamos os 3 só a olhar para o céu. Simples, mas bom. Tão bom. Senti uma tonelada de uma coisa que não tinha percebido que lá estava a sair-me do corpo, e uma paz. Que paz...
Quase não nos conseguíamos ver uns aos outros, mas sei que estávamos os 3 a sorrir. Por dentro também.
Acho que passados alguns anos a ouvir "Olha que hoje é um dia muito importante", "Celebra-se hoje a liberdade", "Foi graças a este dia que as pessoas puderam começar a falar abertamente sobre política e essas coisas", "Antigamente, meu deus, ai de nós se falássemos do governo e das pessoas que lá estavam", "Lembro-me que nesse dia senti uma felicidade muito grande e uma vontade de sorrir fora do normal", aprendi a ter algum respeito por este dia. Este conhecimento foi-me dado, primeiro, pelos meus avós maternos e depois pelos livros de História e por outros que tratei de ler assim que me senti curiosa acerca deste capítulo da nossa História.
Apesar de o nosso país estar já há muito tempo mergulhado neste misto de imbecilidade política e fim da linha, a partir do qual ninguém sabe muito bem para onde se virar, espero que os portugueses tenham acima de tudo vontade de perceber o que este dia significou e o que é que dele podem fazer. Não sou a pessoa mais adequada, aos olhos de muita gente, para falar sobre lutas, revoltas, bandeiras e cantigas, uma vez que já tinha a minha fuga planeada há alguns anos. Mas muito mais do que muita gente que conheço, quer no estrangeiro ou ainda em Portugal, tenho pelo meu país e pela minha gente uma admiração e um orgulho que milhares de kilómetros ainda não conseguiram destruir.
Assim sendo, tenham um feliz 25 de Abril!
Passem-no com a família, descansem, mas não se esqueçam de reflectir sobre todo o poder que o povo teve e que ainda tem nesse cantinho lindo da Europa. Mesmo que já não se lembre disso...
É lindo dizer a um português que não nasci nem cresci na cidadee tudo aquilo que ele consiga dizer seja "Ui!", e que só consiga imaginar que aquilo que eu era antes de intervenção divina, chás e rezas, seja qualquer coisa deste género:
Não me importava. Havia de fazer muito bom uso da enxada em certas ocasiões.
Estou habituada a que me tratem como um animal exótico.
Não só pela minha aparência, mas pela minha atitude e personalidade que, no ambiente onde trabalho e vivo, é no mínimo fora do normal.
Se toda a gente é loira, eu sou morena.
Se quase ninguém tem olhos tão escuros como chocolate preto, eu tenho.
Se quase ninguém dá gargalhadas que geralmente se ouvem nos últimos gabinetes do piso onde trabalho, eu dou.
Se ninguém usa vermelho, eu uso.
Se ninguém se atreve a pedir uma cerveja ou um copo de vinho num after-work durante a semana, eu atrevo-me.
Se ninguém fala com as mãos e às vezes com outras partes do corpo, eu falo.
Se quase toda a gente é politicamente correcta e não dá sinceras opiniões em relação seja ao que for, ora cá estou eu para as dar.
Se quase ninguém responde a um piropo, nem se atrevem a olhar para quem o manda, limitando-se a corar, eu sorrio e respondo também.
Se ninguém faz piadas sobre sexo daquelas que deixam as pessoas em silêncio, eu faço.
Se ninguém trata os amigos como irmãos e como pessoas a quem quase tudo é permitido, eu trato.
Se ninguém se atreve a falar do seu trabalho como se de um primeiro amor se tratasse, eu atrevo-me.
Se ninguém tem tanto orgulho do país onde nasceu como devia (eu sei que numa altura destas não é fácil para quase ninguém que vem de onde eu venho, mas), eu tenho.
Lá fora está um dia de sol absolutamente espectacular, meus caros.
Até a alma tenho a sorrir!
Estão uns radiosos 8ºC (pronto, isto é que não dá pra mais).
E o que esta gente fica bem-disposta com este tempo?? Até consigo não ter dedos suficientes para contar as vezes que me disseram "Good morning!!" com algum entusiasmo hoje. E eu respondo muito sorridente. E fica toda a gente com vontade de se sentar no sofazinho com a chávena de café na mão a conversar durante horas.
Mas não pode ser, que ainda temos ciência para fazer até ao fim-de-semana.
De qualquer das maneiras, sabe sempre melhor (muuuuuuuito melhor) trabalhar num ambiente destes :)
Quase que arrisco em dizer que os nórdicos têm uma personalidade amorosa (mas não).
Pronto, já tratei de arrumar a apresentação e de ter a minha vida de volta.
Excelente feedback por parte da chefe e dos colegas, trabalho para mais meio ano (pelo menos) e que, como sempre, tem que estar pronto daqui a 2 meses, e muito cansaço. Mas o resto do dia de hoje vai ser para relaxar.
No final da apresentação, houve uma sessão fotográfica aqui no laboratório porque diz que as fotos que estão no site do centro são "pouco profissionais". Eu cá não me importo nada que troquem a minha, porque para além de ter uma foto que foi tirada numa festa nos meus tempos de faculdade, em que estou com demasiada pele à mostra e nitidamente com um copo a mais, também se nota que estava com uns quilinhos em excesso.
Para além de tirarmos fotos individuais, tirámos fotos de grupo. Foi giro. Fartamo-nos de fazer figurinhas lá fora no jardim e até direito a uma foto em que estávamos organizados por alturas tivemos (cof cof não vamos referir aqui quem é que estava na primeira posição do lado mais baixo porque não interessa nada). E ainda estou para ver o quão mais profissional é que isto vai ficar no site do que as fotos que lá estavam...
Ora pois que hoje é dia de ir beber uma cervejinha ao final do dia e de ver a bola com a rapaziada mai linda da Escandinávia!
Tenham uma boa terça-feira e não se matem de trabalho, sim?
M
Estava a ver que me dava um afano qualquer.
Estava eu sentadinha ao computador, já a trabalhar, chávena do chá ao lado, quando se me dá uma volta ao estômago. Nem sei explicar. Eu não sou sensível de estômago e portanto nunca senti uma coisa assim. Parecia que me estavam a tentar arrancar o estômago do lado de fora da pele. Uma dor tão aguda que a certo ponto ia caindo para o lado. Eu era calores, calafrios, palidez e a determinado ponto, acho que até surda fiquei.
Consegui gerar pânico aqui no office. Pus toda a gente a fazer abanicos de artigos científicos. E já estava tudo: "Ai tu tens que ir ao hospital, já". E eu: "Não, ao hospital não vou!" (o hospital fica aqui ao lado, aliás, o hospital tem uma entrada subterrânea só para o edifício onde trabalho, mas nunca gostei de hospitais, e apesar de estar a sentir-me a falecer naquele momento, disse logo que não).
Até que soltei o grito do Ipiranga: "Vou até lá fora apanhar ar!"
Fui.
E passou.
Cá para mim ando a passar demasiado tempo enfiada aqui dentro. Isso e o stresse que esta gente me causa, dão-me cabo das entranhas, está visto.
Têm sido todos assim, já há uns tempos. Mas entre correrias durante a semana, mais trabalho, copos e amigos ao fim-de-semana, este corpo e esta cabecinha andam a pagá-las.
Hoje é dia de dormir cedinho. E já estou equipada.
Ainda estou a digerir aquilo que vi ontem nos vários meios de comunicação e que continuo a acompanhar. Com a mesma dificuldade que acompanhei aquilo que vi do 11 de Setembro de 2001 em Nova Iorque ou do 11 de Março de 2004 em Madrid, ou a 22 de Julho de 2011 na Noruega, ou em qualquer outro local onde coisas destas aconteçam.
Pessoas. São PESSOAS, e são pessoas inocentes. Filhos da puta é tudo aquilo que me apetece chamar a quem fez isto.
Religião, política, dinheiro, fanatismo, ou o raio-que-os-parta-a-todos NÃO são razões válidas para atacar inocentes. Hoje, aquilo que sinto em relação ao Mundo em que vivo é vergonha. E raiva, muita raiva.
Não me quero alongar nisto porque estou com vontade de escrever mais palavrões e de lhes desejar coisas más. Nem é bom.
Descobri estes senhores há pouco tempo e não conheço muita gente que os conheça, mas estou a tentar mudar isso.
Dos álbuns deles, do que já ouvi, tenho a dizer que é tudo maravilhoso.
Hoje não é o dia para falar de coisas bonitas.
Hoje não está sol.
Hoje, apesar de saber o que me apetece, ainda não sei o que vou fazer.
Hoje não me apetece estar sozinha.
Hoje é um dia depois de ontem, e continuamos nisto.
Hoje não é dia de ficar mais paciente em relação seja ao que for.
Hoje não quero.
Hoje
não.
Dia Não desta bloguista. Peço desculpa por qualquer incómodo causado.
Precioso.
Peço desculpa pela qualidade do vídeo, mas não consegui uma versão melhor.
Foi a primeira coisa que me veio à cabeça assim que acordei. Há 5 minutos atrás.
Parece que sobra guito daquelas três-filhas-da-mãe-de-três-bolsas que consegui para as conferências nos Estados Unidos.
Recebi um mail da chefe a dizer:
"Que queres que faça ao dinheiro? Que devolva ou tens mais alguma conferência a que queiras ir? Se não, também tens a possibilidade de ir a um curso de 2 semanas na Grécia. Pensa lá nisso e depois diz-me alguma coisa."
O tema dos sonhos e da satisfação pessoal fascina-me. (Para não perderem o fio à meada podem ler mais sobre estas minhas divagações, aqui. E já agora, ainda podem mandar e-mails a respeito disto!)
Como "filha" da ciência (como quase toda a minha geração), e pessoa que trabalha na ciência, tenho uma curiosidade e uma vontade de experimentar, explicar, planear, querer tudo e querer mais que me são intrínsecas.
Isto é tudo muito bonito, não fosse o facto de nos tornar pessoas insatisfeitas (sim, sim, já falei nisto).
Uma questão que surge é:
Quando é que sabemos que podemos parar? (de perseguir determinado sonho / de lutar por determinados objectivos na carreira / de esperar por determinada pessoa na nossa vida / de querer ter mais dinheiro / de querer viajar mais / de querer experimentar mais e melhor).
Mas a pergunta que vos quero colocar hoje é:
Existe por aí alguém que já tenha tido um sentimento de satisfação em relação a qualquer um destes assuntos que acabei de referir ou outro qualquer??
Se sim, a que é que sabe?
Como é sentir-se completamente satisfeito em relação a algo que se persegue / perseguia?
(Não me refiro à satisfação que se sente depois de enfardar uma feijoada à transmontana, uma francesinha à moda do Porto ou uma carne de porco à alentejana (que é para ninguém se chatear). Essa eu sei a que é que sabe :D Refiro-me às outras todas!)
Ao longo dos anos, fui aprendendo a educar-me em relação a estas coisas e a pôr travões em relação a determinadas ambições. Não porque achasse que seriam impossíveis de concretizar, mas porque me apercebi que isso estava a fazer de mim uma pessoa da qual, no fundo, eu não gostava.
Apreciar o momento e retirar prazer e satisfação de pequenas coisas no presente, não é coisa fácil nem é para todos. Mas todos podemos tentar. Eu tento todos os dias, mas sei que ainda tenho muito a aprender. E continuo com curiosidade em relação a isto.
Vá, agora pensem lá nisto e respondam à minha pergunta. (Nem que seja para dentro!)
Eu, como qualquer gaja que se preze, gosto de moda. Gosto de saber o que se usa, de ler revistas de moda, de ver ideias e tendências que nem sempre correspondem aos meus gostos mas que sim senhor, são giras. De roupa, acessórios, muito especialmente colares e carteiras, e de sapatos.
Adoro sapatos.
Apesar de não ter (ainda) uma colecção por aí além, e também por não estar a viver nas condições mais apropriadas para isso, tenho que me contentar com os meus ténis e botas quentinhas (QUENTINHAS). Sempre que tenho um convite para uma festa, lá tenho desculpa para comprar mais um parzinho de sapatos, daqueles que me põe os olhos a brilhar e quase sempre, os pés a doer.
Bem, adiante. Pois, que me irritam os blogues de moda que não são bem blogues de moda. E não são blogues da moda porquê? Porque na maior parte deles, aquilo que se vê são pessoas em sítios bonitinhos e com uma camada de quinquilharia em cima delas que nem aqui nem em lado nenhum do Mundo, da forma que elas as usam, estão na moda. Mas são caras.
Posto isto, vou ter que dar aqui aquilo que é apenas a minha opinião: juntar todas as vossas roupas de marca e jóias e sapatos e carteiras, mesmo que não tenham nada a ver, e mesmo que sejam Swarovsky, Louboutin, Prada, Hermés, Chanel, Luis Vuitton, Versacce, Dior e o raio-que-os-parta, no mesmo outfit, NÃO É MAIS MODA do que usar uma e só uma destas marcas, ou até nenhuma.
Não é pelo que gastaram nas peças que elas vos vão ficar melhor.
Outra coisa: bom gosto não se compra.
E ainda outra coisa: Não é pela paisagem que escolhem para tirar as fotos e pela pose que fazem, que as coisas vos vão ficar melhor.
Atenção: Eu não tenho absolutamente nada contra blogues de moda! Aliás, sigo alguns, dos quais gosto bastante. MAS, apesar de até certo ponto achar que, de facto, as pessoas não o fazem por mal, acho que espírito crítico é uma coisa que se ganha também quando se lida com estas coisas (ou se pretende lidar, vá).
De qualquer das maneiras, eu não sou ninguém para interferir no que as outras pessoas fazem com os blogues delas. Assim como ninguém interfere no meu (so far, so good...). E de facto, não tenho direito nenhum de julgar. Mas senti necessidade de partilhar esta irritação por esta enchente de blogues que se têm visto quase todos os dias a aparecer, e que não são nada mais nada menos, do que um show-off de meninas ricas, ou então com muita sorte no que toca às prendas de aniversário, e convencidas.
Está certo?
É isto que acontece quando se vai fazer análises logo pela manhã e se tem que trabalhar em frente a um computador durante um dia inteiro, com intervalos de 15 minutos a cada meia hora. Vê-se o que não se quer, e depois escreve-se o que não era suposto. Peço desculpa. Vou ver se não volta a acontecer.
"Inspire e depois expire com toda a força que conseguir. E mantenha, por pelo menos 6 segundos"
Não resultou. Foram 3 tentativas.
"Isso, isso. Agora outra vez. Longo, longo, longo, longo, mantém..."
Eu, roxa já. Não resultou outra vez.
Lá fiz a Espirometria como manda o regulamento do laboratório. Linda menina, ao fim de quase 20 minutos nestas tentativas de sopro falhadas...
"Vi aqui no questionário que preencheu que a menina fuma. Você sabe o mal que isso lhe faz, não sabe?"
Não, não fazia ideia até agora minha senhora. Aliás, vou já pôr o maço que tenho na carteira no lixo.
Resposta: (sorrisinho) "Sei, sei...Mas em minha defesa, apesar de fumar há sete anos, já não fumo nem um terço do que fumava. Agora é mais quando saio, geralmente ao fim-de-semana"
(e esta parte vou escrever em inglês)
"Oh, you're a party smoker!" (enquanto escreve lá numa folhinha)
(Não, NÃO, nÃO escrevas isso na ficha que vai ser vista pela secretária do meu departamento e quiçá pela minha chefe, nãaaaaaaaaaaao!). Lá tentei remediar a situação. Mal:
"Nem sempre são festas. Às vezes são só dias mais relaxados em que fumo um ou dois cigarros" (ou dez)
"Pronto, agora vamos só ali à outra salinha tirar uma pequena amostra de sangue, pode ser?"
Não, não pode. Não pode mesmo ser.
"Sim, sim..."
E foi isto o meu começo de dia.
Levantar cedinho, ficar tonta e de uma cor diferente, ter uma liçãozinha sobre a minha saúde (eu sei perfeitamente que a senhora tinha razão) e para finalizar, uma das coisas que mais detesto: tirar sangue.
Continuo de pé e tenho um longo dia pela frente. Está tudo bem.
Minha nossa senhora, o que eu não dava por uma hoje...
Ai que dava-vos tantas trincas agora!
Francesinhas. Sou fã, devota, doida por francesinhas.
Custa-me só comer uma destas praí uma ou duas vezes por ano agora. Quem souber de um restaurante na Suécia que as saiba fazer à portuguesa, que avise. Estou capaz de dar beijinhos a quem o fizer (ou se calhar não, mas se me quiserem fazer feliz podem dizer na mesma). Hoje ando a pensar nelas desde que acordei.
Gosto de francesinhas desde que sejam francesinhas e que sejam boas. Gosto de molho picante, ou não, molho marisqueiro, ou não, gosto delas feitas em forno de pedra ou forno normal, com ovo, ou não, gosto de moooooontes de batatas a acompanhar, e de a ir regando com mais molho quentinho enquanto a como. Quanto à carne, também não sou esquisita, mas adoro quando trazem uma dose extra de linguiça.
Para acompanhar, uma Sagres Bohemia.
Pronto, estou a salivar.
Já experimentei imensos sítios e até tenho as minhas preferidas, embora não diga quais porque se houver gente da minha terra e arredores a ler isto, chamam-me já nomes. E não convém.
E vocês, como gostam da vossa? E onde? (digam-me lá mais sítios porque adoro experimentar!)
Adivinhem lá para onde é que eu vou laurear a pevide no Verão...
Não, não andei a assaltar esmolinhas. E não, não são os papás que pagam.
Depois de semanas a candidatar-me a travel grants para ir a uma conferência em Boston, consegui não uma, mas três, TRÊS filhas-da-mãe-de-três-bolsas para ir à conferência! Depois da conferência, e uma vez que estou pertíssimo de Nova Iorque, vou lá passar PELO MENOS uma semana.
Lembram-se daquele meu post "Um dia tenho mesmo que..."? (ora vão lá ver ao arquivo sefáxabor!)
Ora leiam lá o sexto ponto. Pois, não me venho embora sem o fazer. E pode ser a maior desilusão de todos os tempos. Mas fica feito.
Andei a evitar fazê-lo, porque coitadinhos/as de vocês que têm que me aturar. Mas é desta.
O Amor.
Ora, não sei se já deu para perceber (provavelmente para os mais distraídos ou aqueles que visitaram aqui o estaminé uma ou duas vezes só, não) mas eu tenho uma relação que atira assim um bocado pró estranha com estas coisas do Amor.
Não é que não seja romântica e cutxi-cutxi, e que não seja uma miúda que até se queira ter como namorada, ou que até não seja boa namorada. Mas por azares da vida (vamos chamar-lhes assim), ainda não estive numa relação que me enchesse as medidas.
Tive namorados de tipos diferentes e de diferentes feitios também. Giros, inteligentes, engraçados, não tão giros mas inteligentes e engraçados na mesma, ambiciosos, ou simples e descomplicados, metrossexuais ou absolutamente despreocupados com a imagem, entre muitas outras características. Nenhum deles me fez alguma vez sentir que tinha falta de atenção (bem pelo contrário, às vezes até chateava!), ou que estaria a ser tratada de uma forma que não merecesse. Todos, mas todos eles, me deram momentos de felicidade, de boa disposição, e de (muito) bom sexo (vamos chamar as coisas pelos nomes, sim? Eu sei que a minha irmã lê este blogue. Desculpa. Não quero criar imagens na tua cabeça, mas o blogue é meu. Para além do mais, deves saber o que significa a palavra).
Mas passado algum tempo, lá dava por mim a dizer a mim mesma "Caramba M, ainda não estás bem, pois não?" Pois. Aí começavam as verdadeiras dificuldades no que toca a relações. Era eu a tentar arranjar motivos para me manter nelas, e pura e simplesmente, no meio de coisas boas, não conseguir arranjar um sequer. Isto é uma coisa que nunca ninguém percebeu em mim. Apesar de nas fases finais das minhas relações se calhar já haverem razões para se pôr um ponto final na história, a minha certeza em relação a esses fins já existia há muito. Sim, que me desculpem os meus ex-namorados, mas eu já sabia que as coisas iam dar para o torto há muito.
Haviam pequeninos sinais, vindos de sítios na minha cabeça que eu desconhecia, que me indicavam que estava a caminhar a passos largos para a infelicidade. Uma insatisfação e inquietação parvas...
E pronto, agora percebo que só ainda não estive NA relação. Aquela que te faz sentir feliz e preenchida. Aquela que te faz ter certeza em relação ao que queres para o futuro dela. Aquela que não te obriga olhar para trás, nem te faz hesitar seja quando for. Uma relação em que, de facto, exista da minha parte AMOR.
Era só isso que fazia falta nas outras.
Neste momento, e passados 6 meses desde que a última acabou, estou bem. E era exactamente disto que andava a precisar. De tempo. De fazer perguntas a mim mesma, e saber a resposta imediatamente. Sem complicações. De fazer amigos. De flirts que eu sei exactamente como terminar porque consigo ver se é ou não aquilo que quero. De me conhecer. E nunca valorizei tanto o amor como o faço agora. Amor é aquilo que sinto pela minha família. E aquilo que sinto pelos meus amigos também. Do outro, ainda não conheço, mas estou a ver se o encontro.
Se me perguntarem aquilo que quero num homem neste momento, a minha resposta é só uma. Que me faça sentir bem.
Quando essa alma aparecer, cá estarei eu para assumir a minha próxima relação. Até lá, esta alma aqui está SOLTEIRA! (e boa rapariga, como sempre)
Existe por aí mais alguém que me perceba?
Gostava que partilhassem essas inquietações (ou o contrário delas, que ainda é melhor) no que toca às coisas do amor. Sou curiosa e acho giro falar disto com pessoas diferentes. Para além do mais, nem sabem a felicidade que me dão de cada vez que comentam :D
Tenham uma boa sexta-feira!
E já agora (que isto até pode ser já amanhã, nunca se sabe):
Queridos/as bloguistas/leitores/apenas curiosos e afins, tenho-vos a dizer que estou absolutamente de rastos. E para que é que isto vos interessa, perguntam vocês? Para nada. Isto sou só eu a preparar uma desculpa (olha aí o parágrafo seguinte).
Tenho um post em mente para o blogue, mas para além de ter sido um fim-de-semana bastante ocupado para mim, hoje o dia também foi de loucos. Ainda não foi desta que o escrevi. Agora vou dormir, que amanhã às 7 da matina estou a pé (awtch....).
Fica aqui a banda sonora deste meu momento (e é da boa!), a ver se é hoje que adormeço antes das 3 da manhã...
Relaxem praí. Tenham uma boa noite!
"O que tiver de ser será. Conheço essa filosofia costumam chamar-lhe predestinação, fatalismo, fado, mas o que realmente significa é que farás o que te der na real gana, como sempre."